A Nova Era da Imigração em Portugal: Histórias de Sucesso e Oportunidades

O fórum sobre o tema “A Nova Era da Imigração em Portugal: Histórias de Sucesso e Oportunidades”, promovido pela H & N Assessoria da Imigração realizou-se no passado dia 27 de Janeiro, na Associação Cabo-verdiana de Lisboa. Segundo a organização, a iniciativa pretende levar ao conhecimento “histórias de sucesso e oportunidades vivenciadas pelos imigrantes e filhos dos PALOP e da CPLP que, apesar dos desafios enfrentados inerentes à legalização e integração na sociedade portuguesa conseguiram atingir os seus objetivos” O Fórum Nova Era da Imigração em Portugal encerrou com um jantar à moda cabo-verdiana: a boa “catchupada” tendo ficado prometido uma próxima edição.
5º Congresso dos Jornalistas Aprova Moção a Favor da Diversidade Étnica nas Redações Portuguesas

Nos dias 18 a 21 de Janeiro passado, decorreu no Cinema S. Jorge, em Lisboa, o 5º Congresso de Jornalistas. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República Portuguesa, marcou presença e discursou na cerimónia de abertura. Entre os vários temas foram discutidos: a ética do jornalismo para a democracia, a auto-censura, novas formas, velhos hábitos, formação e ensino do jornalismo, como encontrar financiamento para reportagens e projetos jornalísticos. O 5º Congresso de Jornalistas, ficou também marcado por várias comunicações sobre a actual situação do jornalismo em Portugal. João Rosário, jornalista da RTP/África e também uma referência na Magazine Santomensidade, apresentou o tema: “A lente com que vemos o “outro”. “Nas histórias que contamos e na representação do que é ser português não cabem os ciganos, os afrodescendentes, os asiodescendentes os descendentes de outras origens de migração. Todos são retratados como imigrantes, confundindo a sua experiência de portugueses com a experiência dos seus ascendentes” afirmou. O jornalista acrescentou que, “o mesmo processo de isolamento da comunidade idealizada faz-me pensar que é por isso que não há especialistas, comentadores ou analistas nos órgãos de comunicação que representem a diversidade que o país acomoda atualmente. E isso é uma perda para todos nós”, concluiu. Foi também apresentado o livro «Noticiar a Liberdade» com testemunhos de jornalistas que estiveram na cobertura dos acontecimentos ocorridos a 25 de Abril de 1974, o dia em que a ditadura terminou e Portugal regressou à Democracia. O Congresso dos Jornalistas foi promovido pelo Sindicato dos Jornalistas, pela Casa da Imprensa e pelo Clube dos Jornalistas. Fotos: Paulo António Monteiro
Carlos Vila Nova e Patrice Trovoada juntos na Praia de Fernão Dias

A Marcha da Liberdade que envolveu a participação em massa da população juvenil santomense e contou a participação de Carlos Vila Nova e Patrice Trovoada, respectivamente, Presidente da República e o Primeiro-Ministro de São Tomé e Príncipe, culminou com o Ato Central no dia 3 de Fevereiro, alusivo ao Massacre de Batepá, em 1953, em São Tomé e Príncipe. A iniciativa assinala os 71 anos de história de massacres no Arquipélago, permitiu a especial atenção de dois dos 6 sobreviventes do fatídico Massacre de 1953, onde muitos filhos são-tomenses perderam a vida através de tortura em consequência do trabalho forçado e da escravatura. Durante a intervenção de Carlos Vila Nova, o Presidente da República disse que “3 de Fevereiro foi o culminar de um conjunto de ações trouxeram o sofrimento, é parte da nossa história e não podemos renegá-la e nós não podemos renega-la” O Massacre de Batepá, é uma história que não tem registo exacto do número de mortes. Mas, estima-se nas centenas os são-tomenses que sucumbiram por causa da tortura executada pelo regime colonial durante o mês de Fevereiro de 1953. Os forros (nativos), principalmente os residentes na antiga Vila da Trindade e nos arredores do Distrito de Mé-Zochi, foram os que mais resistiram à pressão orquestrada pelo Governador Carlos Gorgulho, para trabalharem como contratados nas roças de cacau e café, ou então nas obras públicas. Segundo os relatos da época, o Massacre de Batepá deveu-se á Carta dos naturais de STP enviada a 30 de Setembro de 1950 para o Ministro do Ultramar, dando conta de injustiças praticadas por Carlos de Sousa Gorgulho contra a população nativa, o que enfureceu fortemente o então Governador. Além do descontentamento e tensão provocada na população forra pela entrevista ao jornal Voz de S. Tomé dada pelo Inspector da Curadoria Geral dos Serviçais, Franco Rodrigues, dada em 8 de Janeiro, numa tentativa de promover o equilíbrio social colocando no mesmo patamar forros os, angolares, minuiês e serviçais contratados das roças, prenunciando o advento do contrato para todos. De recordar que perante o cidadão forro, a designação “contratado” tem o carácter bastante pejorativo. Considerando história como o elemento interpretativo da dinâmica do passado, do presente e do futuro, fica o registo de memória que motivou o Ato Central na Praia de Fernão Dias, onde está situado o Monumento que simboliza os mártires do Massacre de 1953 em São Tomé e Príncipe. Na iniciativa presidida por Carlos Vila Nova, participaram também o Patrice Trovoada, Primeiro-Ministro entre os Membros do Governo, Corpo Diplomático acreditado em São Tomé e Príncipe, Chefias Militares e demais Órgãos de Soberania do País.