MORREU D. ABÍLIO RIBAS, BISPO EMÉRITO DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

Lisboa (Portugal), 04 Fev. 2025 Faleceu no domingo, 2 de Fevereiro, em Portugal, o Bispo Emérito de São Tomé e Príncipe, D. Abílio Ribas, aos 94 anos, informaram os Missionários Espiritanos. Abílio Ribas, natural Várzea do Soajo, Portugal, nasceu a 2 de Fevereiro de 1931. Entrou para a Congregação do Espírito Santo e do Coração Imaculado de Maria, no dia 8 de Março de 1953, fez os votos perpétuos, e foi ordenado sacerdote, na Congregação religiosa dos Missionários Espiritanos no dia 21 de Setembro de 1957. No dia 21 de Dezembro de 1984, quando exercia em Luanda o cargo de Secretário Adjunto da Cáritas de Angola foi eleito Bispo de São Tomé e Príncipe pelo Papa João Paulo II. Foi ordenado Bispo na Sé Catedral de Nossa Senhora da Graça de São Tomé, no dia 24 de Fevereiro de 1985. Exerceu o múnus apostólico na Diocese de São Tomé e Príncipe até ter renúnciado no ano 2006, altura em que foi nomeado para o substituir outro religioso português, D. Manuel António dos Santos, pelo Papa Bento XVI. O missionário português especializou-se em Pastoral Catequética, pelo Instituto Católico de Paris, em 1968. A Diocese de Viana do Castelo destaca que em Angola, D. Abílio Ribas assumiu “ininterruptamente as mais diversas responsabilidades”, como Superior de Missões, pároco, professor e reitor dos Seminários Menor e Maior de Luanda e do Seminário Interdiocesano do Huambo.
DIA DOS MÁRTIRES DA LIBERDADE ASSINALADO EM S. TOMÉ E PRÍNCIPE

São-Tomé, 03 Fev. 2025 – O Presidente da República, Carlos Vila Nova presidiu no dia 3 de Fevereiro, à cerimónia evocativa do dia dos mártires da liberdade, defendeu a valorização da data e apelou “paz e harmonia entre os são-tomenses“. Na ocasião, o Presidente da República, Carlos Vila Nova sublinhou que “temos que valorizar o que aconteceu em Fevereiro de 1953, hoje vivemos em democracia. “Vamos celebrar os 50 anos da nossa democracia. Fizemos um percurso, é preciso ter-se em conta do que aconteceu vem a refletir-se na nossa vida no futuro”, acrescentou Carlos Vila Nova. Em declarações a imprensa, a presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento declarou que “não podendo estar todos vamos falar em nome do povo que nós representamos, para agradecer a todos, mais todos sem exceção, ao ministério da educação que organizou este acto, a vocês jornalistas estão presentes podendo passar a nossa mensagem e ao próprio país por nós existirmos e sermos hoje livres, fruto do que aconteceu com os nossos antepassados com os nossos mártires”. O Primeiro-ministro, Américo Ramos afirmou que “este foi um simbolismo de liberdade do povo de São Tomé e Príncipe. É um legado que toda juventude, toda geração são-tomense deve ter em conta e servir de marco para coragem, determinação pela luta pela liberdade”. Questionado sobre a existência de cinco sobreviventes do massacre de 1953, Américo Ramos garantiu “todo apoio que for necessário”, sublinhando que “governo fará tudo que estiver ao seu alcance para que eles têm uma vida digna”. São-Tomé e Príncipe comemora no dia 3 de Fevereiro, o dia de mártires da liberdade, com a tradicional marcha de capital São-Tomé à Fernão Dias, distrito de Lobata, no memorial do histórico Massacre de 1953, o local do ato central este ano presidido pelo Chefe de Estado são-tomense, Evaristo Carvalho. Além da homilia religiosa e do ato de deposição de coroa de flores no memorial dos mártires, a cerimónia teve ainda como ponto alto a inauguração de uma placa alusiva aos heróis dessa repressão colonial, entre outas manifestações culturais e religiosas. O 3 de Fevereiro de 1953, é uma data relevante na história da luta de libertação nacional de São Tomé e Príncipe, uma vez que marca o início de uma revolta contra a ocupação colonial portuguesa com cerca de 500 anos (1470-1975) e que ceifou vida de muitos nativos da ilha de São-Tomé que se oponham as ações do então governador português Carlos Gorgulho. Estima-se que mais de mil nativos da ilha de São-Tomé foram torturados até a morte durante a ofensiva militar do então governador português Carlos Gorgulho, numa tentativa de contratação para trabalho forçado nas plantações de cacau e café. Os acontecimentos do Massacre de 1953, também apelidado de Massacre de Batepá, Guerra da Trindade ou ainda como 03 de Fevereiro, tiveram maiores proporções em Batepá e Trindade, cidades do distrito Mezochi, onde teve início a violência e a tortura que culminou com o massacre na zona de Fernão Dias.