Lisboa 23 Setembro 2025 – O dia 19 de Setembro de 1974 que é reconhecidamente o dia da celebração da fibra das mulheres santomenses, foi festejado um pouco por todo o mundo e também em Portugal, numa iniciativa promovida pela Organização das Mulheres de São Tomé e Príncipe.
A história do dia da Mulher são-tomense, teve origem há 51 anos, através de grupo de mulheres que promoveram uma manifestação em frente do Palácio do Governo, na altura sede do governo ultramarino português. Na ocasião revelaram o seu descontentamento e apelaram à independência. Naquela altura, o grupo conseguiu mobilizar mulheres de várias esferas da sociedade são-tomense. Entre várias manifestantes de referência do movimento independentista, esteve presente Maria do Carmo Bragança Neto.
Passado meio século de independência, a diáspora são-tomense em Portugal, para assinalar a data promoveu vários eventos para recordar a importância das mulheres de São Tomé e Príncipe no processo independentista.
A Organização das Mulheres de São Tomé e Príncipe – OMSTP, no passado dia 20 de Setembro, organizou na sede do Partido Africano da Independência de Cabo Verde – PAICV na Reboleira, no Distrito Lisboa, um encontro onde entre a participação de várias personalidades ligadas ao movimento, destacamos a intervenção de Filomena Monteiro, Vice-Presidente da OMSTEP e ex-ministra da Saúde, que no momento apontou a “educação ” como a base essencial para o desenvolvimento social:

Dr.ª Inocência da Mata, Prof. ª Universitária, oradora convidada
Por outro lado, subordinada ao tema “O Papel da Mulher na Educação do indivíduo na Sociedade”, a Men Non – Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe em Portugal organizou uma conferencia no Auditório da UCCLA.
O evento que permitiu reflexão e a partilha de conhecimentos à volta do sabor da gastronomia são-tomense com o som das músicas de Tonecas dos Prazeres. O referido encontro teve a participação da Professora universitária Dr.ª Inocência Mata e Roldão Boa Morte, representante da Embaixada de São Tomé e Príncipe entre outros convidados.




Atravessando o rio Tejo para Margem Sul, a equipa da Santomensidade Visão Global, teve a oportunidade de acompanhar o evento realizado em Almada, organizado por a “Mon Zuntu e a Pótó Betu, duas associações que integram a comunidade são-tomense, que proporcinaram uma tarde cultural com muita animação musical, um desfile de trajes típicos e como não podia deixar de ser numa ocasião desta envergadura não faltou a excelente gastronomia são-tomense. Foi ainda possivel assistir a um participado debate sobre a obra literária de Duda Quaresma, onde a jovem autora numa interessante partilha de ideias com a assistência deu de viva voz um testemunho sentido sobre seu precurso de vida e a força motora da sua escrita.


Apresentação de Trajes Típicos de Angola e de São Tomé e Príncipe


A autora partilhou com o público as emoções vividas com as 50 mulheres cujas experiências relata no seu livro “Força de Mulher”. Numa dinâmica de perguntas e respostas com participação ativa dos presentes possibilitou um momento alto do encontro de Duda Quaresma, com os seus(as) leitores(as), o que despertou a curiosidade de quem ainda não tinha tido contacto com a obra e confirmou a “afinidade” e “identificação” do leitor ao virar de cada página com a resiliência da escritora são-tomense.
Resenha da comemoração do dia da Mulher são-tomense. Cacilhas, Almada, 20.09.2025